Este foi título de discussões em mesas redondas nos Congressos Brasileiros de Geologia promovidos pela Sociedade Brasileira de Geologia – SBG, e pelo Serviço Geológico do Brasil – SGB.
Comentamos sobre as dificuldades que os profissionais de Geologia têm em constituir bons canais de comunicação com a opinião pública, referindo-se ao uso do “vernáculo geologuês” como principal empecilho. Isto acontece também na esfera do ensino e dos livros didáticos. Embora os assuntos de Geociências despertem interesses e curiosidade em muitas pessoas, sistematicamente não conseguimos nos fazer entender, pelo emprego da terminologia técnica em vez do uso de uma linguagem compreensível ao público a que se destina.
Acontece também de pessoas que, ao se apropriarem desta linguagem técnica sem ou com rápida formação acadêmica, começam por mal utilizarem, mistificando-a como sinal de ‘status’ e acabam por contribuir para dificultar seu entendimento.
Para atingir o interesse da população em geral, é necessário sair da linguagem em código – tecnicista. Também existe o estereótipo histórico: a atividade de mineração no Brasil está ligada a clandestinidade, insalubridade, riqueza fácil, exploração imperialista, degradação ambiental. A população em geral tem uma relação de amor e ódio com atividades de mineração – sabe que precisa, mas tem uma imagem de degradação do meio ambiente, embora hoje em dia saibamos da exigência de planos de recuperação e prevenção.
Lembro de uma conversa que tive com um colega que atua em exploração mineral que comentou : “pecuária extensiva polui e erode muito mais do que a mineração, que é atividade pontual atingindo áreas restritas”. Posso agregar aqui uma frase da geóloga Lúcia Castanheira de Moraes (professora do curso de Mineração do CEFET Araxá): “Todo cidadão tem direito a ter conhecimentos de geologia e a entender a Terra”.
Atualmente, conhecer e entender os processos naturais constitui uma necessidade em razão das discussões que se fazem imperativas sobre escassez e comprometimento da qualidade dos recursos minerais, energéticos e hídricos; sobre aumento da insegurança habitacional e da vida causada pela expansão urbana; sobre os processos de desertificação; sobre flutuações e mudanças globais. E citando o colega Edézio de Carvalho: “quem conhece a própria casa não tropeça em cristaleiras”.
No mesmo sentido, é a frase do professor do Instituto de Geociências da UNICAMP, Maurício Compiani: “A geologia integra de forma sistematizada os conhecimentos sobre ar, água e solo, as intervenções humanas e as conseqüências de atuação da biosfera mo meio sócio-econômico, levando em conta o planejamento em padrões temporais de longo alcance e em padrões espaço-temporais”. Não por uma questão corporativa, nem de reserva de mercado, mas por responsabilidade social, citando exemplos de graves problemas de geo-engenharia: as estradas que necessitam de constante reposição de pavimentação, os deslizamentos de terra em áreas de risco, a Usina Angra dos Reis instalada sobre uma zona de falhas geológicas, portanto passível de instabilizações.
Já o professor Kenitiro Suguio, da USP, “brincou” que a causa do desconhecimento de processos geológicos é que no Brasil temos falta de terremotos e vulcões ativos – quanto a isto nada podemos fazer... Ele defendeu a introdução de conteúdos de Geologia a partir da 5ª série, não concorrendo com conteúdos de Geografia nem de Biologia, porque trata dos processos da “fisiologia” do planeta Terra.
Comentamos sobre as dificuldades que os profissionais de Geologia têm em constituir bons canais de comunicação com a opinião pública, referindo-se ao uso do “vernáculo geologuês” como principal empecilho. Isto acontece também na esfera do ensino e dos livros didáticos. Embora os assuntos de Geociências despertem interesses e curiosidade em muitas pessoas, sistematicamente não conseguimos nos fazer entender, pelo emprego da terminologia técnica em vez do uso de uma linguagem compreensível ao público a que se destina.
Acontece também de pessoas que, ao se apropriarem desta linguagem técnica sem ou com rápida formação acadêmica, começam por mal utilizarem, mistificando-a como sinal de ‘status’ e acabam por contribuir para dificultar seu entendimento.
Para atingir o interesse da população em geral, é necessário sair da linguagem em código – tecnicista. Também existe o estereótipo histórico: a atividade de mineração no Brasil está ligada a clandestinidade, insalubridade, riqueza fácil, exploração imperialista, degradação ambiental. A população em geral tem uma relação de amor e ódio com atividades de mineração – sabe que precisa, mas tem uma imagem de degradação do meio ambiente, embora hoje em dia saibamos da exigência de planos de recuperação e prevenção.
Lembro de uma conversa que tive com um colega que atua em exploração mineral que comentou : “pecuária extensiva polui e erode muito mais do que a mineração, que é atividade pontual atingindo áreas restritas”. Posso agregar aqui uma frase da geóloga Lúcia Castanheira de Moraes (professora do curso de Mineração do CEFET Araxá): “Todo cidadão tem direito a ter conhecimentos de geologia e a entender a Terra”.
Atualmente, conhecer e entender os processos naturais constitui uma necessidade em razão das discussões que se fazem imperativas sobre escassez e comprometimento da qualidade dos recursos minerais, energéticos e hídricos; sobre aumento da insegurança habitacional e da vida causada pela expansão urbana; sobre os processos de desertificação; sobre flutuações e mudanças globais. E citando o colega Edézio de Carvalho: “quem conhece a própria casa não tropeça em cristaleiras”.
No mesmo sentido, é a frase do professor do Instituto de Geociências da UNICAMP, Maurício Compiani: “A geologia integra de forma sistematizada os conhecimentos sobre ar, água e solo, as intervenções humanas e as conseqüências de atuação da biosfera mo meio sócio-econômico, levando em conta o planejamento em padrões temporais de longo alcance e em padrões espaço-temporais”. Não por uma questão corporativa, nem de reserva de mercado, mas por responsabilidade social, citando exemplos de graves problemas de geo-engenharia: as estradas que necessitam de constante reposição de pavimentação, os deslizamentos de terra em áreas de risco, a Usina Angra dos Reis instalada sobre uma zona de falhas geológicas, portanto passível de instabilizações.
Já o professor Kenitiro Suguio, da USP, “brincou” que a causa do desconhecimento de processos geológicos é que no Brasil temos falta de terremotos e vulcões ativos – quanto a isto nada podemos fazer... Ele defendeu a introdução de conteúdos de Geologia a partir da 5ª série, não concorrendo com conteúdos de Geografia nem de Biologia, porque trata dos processos da “fisiologia” do planeta Terra.
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